domingo, janeiro 06, 2008

Bem-vinda, Cidade do Sol!

Hoje é Dia de Reis. Será que alguém (que não esteja no interior de Minas ou Goiás)ainda se lembra disso?
Na verdade, o dia certo de trocar presentes seria hoje, mas ninguém mais se lembra disso. A essa altura do campeonato o 13º. de todo mundo já se foi em bugigangas inúteis e revèllions na praia.
Hoje é o dia de desmontar a árvore de natal e guardar os enfeites, para serem desencaixotados somente em dezembro. Gosto da perenidade do Natal, de armar sempre a mesma árvore, dispor os enfeites de anos pela casa, tudo fica com um ar de eternidade, como se o tempo ficasse para sempre suspenso, preso nas bolinhas brilhantes e coloridas.
Chove e estou sozinha. Acabei de ler "A sombra do vento". Bom, mas muito mais fama do que merecia. Vou começar "A cidade do sol". Não parece irônico? Deixo a sombra do vento para mergulhar na cidade do sol. É assim que quero meu 2008. Com sol na alma, sem sombras, sem ventos. Apenas o sol me iluminando o caminho. Prometo a mim mesma não chorar mais por aquilo que perdi sem antes nunca ter tido.
Hoje é Dia de Reis. E vou me dar de presente o direito de não fazer o que não quero, de não ficar onde não quero, de não decidir o que não quero.
A chuva lá fora, encharca a terra, os muros e esfria a alma.
Aqui dentro, me sinto aquecida pelo silêncio e pela liberdade de estar só.
Prefiro assim. Nao tenho mais estômago para as indiretas ou críticas veladas ao meu modo de ser. Não adianta, as coisas nunca irão mudar.
Então, diante disso, eu solenemente me retiro com uma desculpa qualquer e venho pra minha ilha de paz e sossego, onde eu posso ser do jeito que eu quiser.





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