Fui ver Tarsila

Esse foi o fim-de-semana mais legal dos últimos tempos! Fui ver Tarsila. Com calma, saboreando cada desenho, cada esboço, cada tela. Viajei com ela pelo mundo inteiro, me eterneci com as cartas e postais escritos com letra antiga, a caneta-tinteiro. Li todas as tarjetas, murais, debrucei-me sobre todas as pinturas tentando ver nelas muito mais do que as cores dizem. Encontrei ali o espelho mágico, que guardou cada fase, cada pensamento, cada alegria, esperança, dor ou encantamento. Tarsila não morreu, não morrerá nunca, viverá eternamente presa nos verdes, laranjas e azuis de sua obra. Viverá eternamente no olhar misterioso dos anjos e dos operários. Saí de lá impregnada de cor e magia, da vontade de viver muito, de ver muito, de beber cada gota de luz do dia para transmutá-la em verde-esmeralda, verde-esperança, verde-bandeira, verde-verdade, verde-amor.

Além de Tarsila, fui ver Marcelo. Ternura, carinho, afeto-família. E passamos um domingo lindo.

Voltamos pra casa, eu e o Julio, felizes. Nada no bolso ou nas mãos, mas felizes. A vida tem sido generosa conosco.