
"Hoje a tarde eu limpei o seu cinzeiro e ele ainda tem cheiro de fumo pra cachimbo. Irlandez, de chocolate. O estranho é que eu não chorei. Só me deu aquela saudade melancólica. E foi boa."
Esse post como legenda da imagem do cinzeiro, tendo em segundo plano a foto de 1985 em que os dois estão tomando lanche juntos, numa comemoração do Dia dos Pais, na escolinha, foi a coisa mais poética que já vi. Chorei. De saudade igualmente melancólica, mas doída. Chorei por tudo o que tentamos, mas não conseguimos. Chorei por tudo o que perdemos e não deu tempo de recuperar. Chorei pela solidão dele, pela minha. Chorei pelo enorme vazio que ficou, já da primeira vez. Chorei porque apesar de tudo eu gostava dele. E poderia ter sido tudo diferente, mas ao mesmo tempo, não poderia. Dizem que Deus nos deu o livre-arbítrio para conduzirmos nossas vidas, que já têm um destino traçado pelas mãos divinas. Paradoxo dos paradoxos. Em determinado momento, eu quis que tudo fosse diferente. Mas as rédeas do destino já não estavam mais em nossas mãos. E mais uma vez, a vida se encarregou de nos separar. Por outros caminhos, por outras vontades, mas dessa vez, para sempre.
Um comentário:
Oiiiiii
obrigada pela visita , eu sumi mas voltei !!!
Sei exatamente o que é sentir saudade , o que é ter lembranças avivadas por cheiros , lugares , poemas , musicas ...
sentir saudade é bom , qd sentimnos saudade é pq a pessoa em questao é ou era especial .
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