sexta-feira, maio 23, 2008

Tenho comigo um fundinho das mulhers antigas...mas também um lado que ferve














Com a lua cheia mais linda que já se possa ter visto, o céu desse final de outono ganha um ar de mistério e magia. A calma do anoitecer se completa com o silêncio da casa, só quebrado pelo som baixinho da tv. Gato dormindo na almofada, casa cheirando a madeira e flores, tudo em ordem, como num sonho.

Por essas coisinhas é que adoro um feriado prolongado. É muito bom poder ficar em casa, cuidando das minhas coisinhas, amando cada minuto passado aqui dentro. Sou uma pessoa essencialmente caseira. Acho que tenho comigo um fundinho das mulheres antigas, que só se dedicavam ao lar e aos trabalhos manuais e eram extremamente felizes. Por outro lado, tenho também um lado que ferve, um inconformismo não sei do quê, uma vontade incontrolável de saber o mundo, de mudar as coisas, de fazer a diferença de uma forma ou de outra.
"[...]eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo."

Sou uma pessoa de extremos.
Posso ser uma amiga leal ou uma poderosa inimiga.
Posso ser leite morno, mel
brisa, calmaria, lume na escuridão.
Posso ser fogo, brasa, veneno,
tempestade, furacão.
Posso ser tudo ou ser nada.
Ser água, terra, semente
deserto, vento, geada,
mas - nunca! - indiferente.

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