
Ha!! Eu nem fazia idéia do que vinha pela frente! Lá pelas 10 da noite, todo mundo (menos eu) de latão cheio, começaram a ditribuir máscaras, perucas, fantasias, pintar cabelo com spray e aquilo virou um grande carnaval. A essa altura meu pânico foi ao limite e minha vontade era sair correndo pra casa e trancar a porta. Mas fiquei. Novo stress (de novo!!!): Põe a máscara! Não, obrigada, não quero. Posso pintar seu cabelo? Não, de jeito nenhum. Deixa, vai. Não quero. Ela tem alergia. Odeio isso, quero ir embora! Desse jeito você fica antipatizada. Dane-se. Cara de desaprovação.
O tal primo volta à carga. A essa altura, trêbado. Que raiva. (Por que não vai apertar a mulher do sobrinho ou do irmão? Sai do meu pé!) A mulher dele me olha torto. Ele fala prá elaTá com ciúme, benzim? Claro que não! Confess, cê tem ciúme de mim. E continuava se debruçando em cima de mim, me apertando. GRRRRR!! Aí não deu mais. Parei de tentar ser simpática e o meu sorrizinho se transformou numa fisionomia séria, constrangida, eu estava desconfortável e isso era transparente. Vi que alguém na cozinha começava a lavar a louça. Corri prá lá e me ofereci. Lavei uma pilha imensa de pratos, acho que nem no quartel tem tanta louça. Foi minha salvação. Passei um tempão salva pela pilha de pratos, hehe. Dali a pouco, reaparece a figura: vestido de mulher, com uma sandália que deixava metade do pé pra fora. Ridículo. Detesto gente que bebe e perde a noção da conveniência. Enfim, a noite acabou lá pelas 2 da manhã e eu pude vir pra casa. Ah, paraíso! =)
Mas o dia amanheceu e lá fui eu para o segundo round. Mas dessa vez foi melhor, o "primo" manteve quilômetros de distância e não falou comigo nada além de um "Bom dia" formal. UFA!! Acho que a mulher deve ter lhe arrancado o fígado (se é que ainda tem um), hehe. Menos mal, pude me movimentar mais à vontade. Alguém insinuou um convite pra vir aqui em casa e fiz de conta que não entendi. Ficou chato? Com certeza, chatíssimo, mas eu não ia aguentar comparações, perguntas e olhares tortos a essa altura do campeonato.
Enfim, a última foto coletiva. Junta todo mundo! Mais prá lá um pouquinho! Num falta ninguém?Corre! Pronto!EPA!! FALTOU ALGUÉM! CORRE LÁ TODO MUNDO DE NOVO!
Despedidas, agradecimentos, as crianças corriam no jardim da vizinha da frente e o filhinho da filha da prima fez xixi ali mesmo. Ninguém merece!!! =:o
Efim, acabou. É muito bom voltar pra casa e ficar quietinha aqui. Tá, sou anti-social? Não, não sou. Gosto de conversar, de cantar, brincar, dançar. Mas não gosto de me sentir pressionada, constrangida, observada. Não gosto dos comentários depois. Não gosto. Dá pra deixar eu ser do jeito que sou? u_u
Um comentário:
Taí uma pergunta que eu sempre me faço: dá pra deixar eu ser do jeito que sou?
O engraçado é que a maioria das pessoas acha que tem o direito de nos impor coisas (principalmente parentes), e eles podem ser do jeito que são, mas não nos aceitam como somos. Essa situação que vc descreveu ali tb aconteceu comigo, mas eu não aguentei não. Chutei pra cima e voltei rapidinho pra casa.
Abraço pra vc.
Vai lá em casa uma horinha dessas me visitar vai!
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