Outro dia, Sahmany deixou um recado aqui dizendo que estava me achando triste, como se eu tivesse passado por uma grande perda. Ela acertou. A gente nem se conhece e ela captou bem a razão da minha ocasional tristeza. Tive sim, em minha vida, algumas grandes perdas. Feridas que, embora cicatrizadas pelo tempo, vez por outra voltam a sangrar. Não há como agir sobre o passado e nem é da minha personalidade ficar chorando pelo leite derramado, mas tem dia que é muito difícil segurar a onda. Hoje, por exemplo. Já acordei assim, com aquele nó que parece que vai desatar a qualquer momento. Aí o dia fica inútil e complicado. Eu tinha que ter ido na casa pegar a correspondência, dar uma varrida por lá, mas não consegui. Eu tinha que ter dado um jeito nesse caos que está aqui em casa, mas também não consegui. Tentei ficar nos vizinhos, mas foi impossível. Não, não estou com depressão. Apenas uma inconformidade que me impede de agir. Eu sei que isso passa e antes do dia amanhecer já estarei outra, tomando as decisões, reivindicando os direitos de quem os tem, rindo muito da vida que , no fundo, é uma grande palhaçada (no bom sentido, é claro). Mas hoje, o Galileu me parece mais magro, a casa me parece mais triste e os problemas me parecem muito doloridos
para serem resolvidos. Vou deixar para amanhã. Com certeza tudo vai estar melhor e eu poderei rir da borboleta que não consegue achar o vão da janela, poderei olhar o céu azul e achá-lo mais brilhante, poderei descobrir toda a felicidade do mundo escondida dentro de um bombom Ferrero-Rochet. Mas hoje, ah...hoje eu quero poder chorar por algo que nem sei bem o que é, mas que dói, que incomoda e que me faz sentir saudade de um tempo que nem chegou...
Um comentário:
Oi amoreeeee!!!
Tá miozinha? hehe
Olha, deixei um meme pra vc lá em casa tá? Passa lá e pega.
Beijos.
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