
Passamos - nesses quase quatro anos - por perdas, alegrias, medos e incertezas. Nos consolamos, nos fortalecemos, crescemos espiritual e profissionalmente. Por coincidência, todas sozinhas. Três de nós, no sentido literal da palavra e uma, com a abominável solidão a dois. Mas um dia, o amor bateu em duas portas. Uma não se abriu - quem entende o coração humano? Mas a outra... demos a maior força, afinal ela é tão bonita e inteligente, merece a oportunidade de tentar.
E foi assim, nesse clima de confiança e amizade que acompanhamos tudo: o relato do primeiro encontro, os planos, a relação se firmando. E hoje, dois anos depois, conhecemos o tal príncipe encantado. Simpático e bonitão, tipo Richard Gere. Descontraído e brincalhão, segurou com categoria a onda de viajar por horas com nós quatro matraqueando sobre assuntos dos quais ele não tem a mínima idéia. Mas alguma coisa me diz que tem algo errado nessa história. As outras duas também acharam. Tudo por conta de uma gentileza que so
ou meio...estranha. Não sei... pode ser delírio da nossa alma machucada e endurecida. Ou excesso de cuidado com uma amiga tão querida.

Quase sem querer, volto meus pensamentos para o conto de Perrault e observo que nele, ao contrário dos outros contos, não há príncipe encantado. Ao contrário - quem aparece, encanta e seduz é o Lobo Mau. O terrível Lobo Mau.
Um comentário:
Gosto de andar pelo teu blog.
Esse relato da amizade de você me lembrou um pouco as meninas do Sex & the City. O que mais me encantou nelas, sempre, foi a amizade, colocada àcima de tudo, sempre, pelas 4. (coloquei um post lá no meu blog à respeito)
Essa percepção - intuição - de q tem alguma coisa q não "fecha" com esse Richard Gere da tua amiga, me parece que precisa ser investigado. Onde há fumaça......
Postar um comentário