segunda-feira, janeiro 01, 2018

Ano Novo pra ser novo tem que ser diferente. Não basta jogar fora (com alívio!!) o calendário de 2017 e inaugurar com alegria o de 2018. Não adianta fazer promessas que jamais serão cumpridas e desejar para o outro votos de uma felicidade que você não tem. Descarte os risos fáceis e falsos na ilusão da meia-noite. Por que não chorar,  se sua alma está triste? Ano Novo, pra ser novo, tem que ser sincero. Não faça nada pela obrigação de seguir o "sempre foi assim". Mas mantenha as tradições que fizerem sentido - e apenas essas!! Use as cores do seu orixá, do seu herói preferido, do seu time de futebol, do arco-íris, se assim desejar. Comece seu ano agradecendo, não o que passou, mas o que está por vir, e que a gente nem sabe bem o que é, mas que de certo será bom. Perdoe a si e ao outro, mude o rumo, mantenha a direção.  Não deixe que a urgência da vida atropele o sentimento. Mas também não deixe que a urgência do sentimento atropele a vida. Não deixe a tristeza, a mentira ou a culpa envenenarem  sua alma e seu coração. Tenha (pelo menos um!!) amigo verdadeiro, desses pra quem você pode ligar às 3 da manhã no inverno e ele irá te ouvir. Desses que, diante do seu silêncio, adivinha sua alma e larga tudo pra ir ter com você. O Ano Novo não precisa ser alegre, não precisa ser branco, não precisa ser iluminado. O Ano Novo só precisa ser novo. E para ser novo, ele precisa ser verdadeiro. Porque já estamos todos cansados de viver nos palcos uma vida que não é a nossa, que não é a que queremos ou a que sonhamos. Porque o Ano Novo, assim como nós, acaba e fica velho e morre. E você aí, sem cantar nem dançar só porque a música da festa não está na sua playlist. Feliz Ano Novo. Adeus, vida velha. E pra quem acordou agora, para 2018 ou para vida, Bom dia, Vietnã!!

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